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Antes restrito a insultos verbais dentro do colégio, o bullying invadiu as redes sociais. As
marcas do assédio podem acompanhar a vítima até a vida adulta
Na rotina dos estudantes do Distrito Federal existem
alguns itens básicos antes de ir à escola: uniforme, sapato, mochila e celular.
O último objeto, na verdade, é companheiro inseparável dos adolescentes. Basta
olhar para a porta de um colégio no horário de entrada ou de saída para
perceber que a maioria dos alunos estará com a cabeça baixa digitando uma
mensagem no WhatsApp ou postando fotos em redes sociais. Devemos lembrar que a
Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em maio de 2008, uma lei que
proíbe alunos de usar celulares e aparelhos eletrônicos como MP3 players e
videogames em escolas públicas e privadas da Educação Básica.
Os instrumentos são de interação, mas agravaram um
problema que já preocupava toda a sociedade: o bullying.
Antes restrito a insultos verbais na sala de aula ou
na hora do intervalo, a prática ganhou as redes de uma forma severa com o cyberbullying. Fotos, montagens e
insultos são disseminados na web em questão de segundos. Elas me 'batem' nas
redes sociais e, depois, fico com medo de ir para a aula. Existem casos de
alunos que ficam semanas sem frequentar a escola.
As vítimas do cyberbullying
muitas vezes são colocadas em situações irreversíveis. São obrigadas a mudar de
colégio, se sentem acuadas e, segundo especialistas, podem ter sequelas na vida
adulta. Alguns casos chegam à polícia, quando se descobre que os autores,
anônimos naquela rede, são, muitas vezes, um colega de sala ou um vizinho,
normalmente alguém da mesma idade. Caso realize uma pesquisa na internet, vemos
reportagem de alunos que relatam o sofrimento da prática do cyberbullying em que sofreu as primeiras
ofensas em uma rede social. Aos poucos, os comentários ofensivos se tornaram
frequentes. “Todo dia alguém ia ao meu Facebook para falar algo da minha
aparência. Diziam que meu nariz era muito grande, meus cabelos, feios, e outras
coisas”, este são os relatos dos jovens.
Quanto ao espaço escola a os educadores tem o dever
de humanizar e educar cidadãos, posicionando-se por vezes no fio da navalha
entre exercer a autoridade e ser autoritária. Não é imprescindível criar uma
lei para disciplinar o uso desses aparelhos nas escolas, pois as determinações
sobre essa questão podem constar do regimento interno e do projeto
político-pedagógico.
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Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/06/01/interna_cidadesdf,485152/cyberbullying-cresce-com-o-uso-frequente-de-celulares-por-estudantes.shtml
gestaoescolar.abril.com.br
com adaptação