Inscrições abertas para competição que mistura conhecimento em matemática, geografia e ciências
Por Íris Cruz, Ascom/SEEDF
Sem os mapas, o homem ainda estaria vivendo nas cavernas, em pequenos grupos de caçadores e coletores de frutos. Os primeiros eram apenas rabiscos com indicações sobre o terreno ao redor. Hoje, há projeções em 3D sobre o relevo, a hidrografia, maquetes digitais e toda sorte de informações que enriquecem o conhecimento sobre o mundo em que vivemos.
São eles, os mapas, que norteiam o processo de aprendizado na Olimpíada Brasileira de Cartografia (OBRAC), promovida a cada dois anos pelo Laboratório de Cartografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense (UFF).
As inscrições para a quarta edição da competição estão abertas até o dia 21 de maio e são gratuitas. Na última edição da OBRAC, em 2019, a grande campeã foi a equipe “Diferenciais”, da Escola Técnica Federal de Minas Gerais, que fica em Divinópolis, no Oeste mineiro, a 120 quilômetros da capital Belo Horizonte. Ao final das provas, a equipe formada por quatro estudantes sob a supervisão da professora Nádia Cristina da Silva Mello obteve a média de 97,8334.
As escolas interessadas podem inscrever até três equipes para concorrer. Cada grupo deverá ser composto por 4 estudantes, de 13 a 19 anos, e um professor.
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As primeiras etapas da Olimpíada vão acontecer de forma virtual. Contudo, dependendo das orientações e condições sanitárias da pandemia do Covid-19, os finalistas devem concluir as atividades na sede da UFF, em Niterói (RJ), no mês de dezembro. Todas as despesas da viagem serão pagas pelos organizadores.
Um projeto singular
Segundo a idealizadora e coordenadora do projeto, a professora de cartografia e sensoriamento remoto do Instituto de Geociências da UFF, Angélia Di Maio, a OBRAC é, ao mesmo tempo, uma olimpíada científica e uma estratégia de ensino e aprendizagem. “Incentiva novas formas de buscar soluções para problemas da sociedade e permite um mergulho nas questões ambientais, culturais e sociais”, diz.
❝ A maior satisfação é ver alunos, alunas e professores envolvidos com a construção coletiva do conhecimento❞ Angélia Di Maio, professora da Universidade Federal Fluminense
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De acordo com a professora, os estudantes adoram a elaboração de tarefas práticas. Na Olimpíada, podem ser produzidos desde mapas analógicos ou digitais, até maquetes, instrumentos e mapas táteis. “A maior satisfação é ver alunos, alunas e professores envolvidos com a construção coletiva do conhecimento”, acrescenta Angélica.
Entusiasta da ciência em que é especialista, a coordenadora afirma que a cartografia abre muitas possibilidades no âmbito escolar. “Ela transita pela matemática, geografia, geologia, e por outras ciências para ter como resultado um produto que poderá expressar relações físicas, sociais, ambientais, políticas e culturais”, argumenta.